sábado, 24 de janeiro de 2009

O Exemplo

Estes últimos dias foram desvendados vários aspectos que nos tem que obrigar a pensar, relativamente ao caso Freeport:
  • primeiro uma aprovação recorde da Declaração de Impacto Ambiental (no mesmo dia foi aprovada pelo Secretário de Estado do Ambiente e pelo Conselho de Ministros), apenas três dias antes da tomada de posse do Governo de Durão Barroso;
  • o actual Primeiro-Ministro afirma que nunca esteve envolvido neste processo;
  • prova-se que houve uma reunião com a presença do então Ministro do Ambiente (José Sócrates) para tentar acelerar e resolver o processo do projecto Freeport (após chumbos consecutivos);
  • o Primeiro-Ministro faz um comunicado a afirmar a total legalidade dos actos praticados e confirma a reunião sobre um processo que anteriormente tinha afirmado não ter estado envolvido;
  • existe um e-mail de um primo de José Sócrates a cobrar pagamentos por favores no processo;
  • existem escutas comprometedoras, mesmo que não sejam passíveis de evocação em tribunal;
  • o processo esteve parado nos últimos três anos, apesar de pedidos da polícia britânica;
  • um tio de José Sócrates afirma que tentou apenas acelerar o processo e a respectiva concretização.

Entretanto recordei-me apenas de três episódios (dos muitos que existiram) que ocorreram ao longo deste Governo:

  • uma "licenciatura" tirada por fax, com um professor que era amigo e teve nomeações políticas por José Sócrates;
  • um Ministro das Finanças de inquestionável ética e qualidade que pediu para se afastar do Governo por razões pessoais (tese oficial do Primeiro-Ministro) e que depois veio afirmar que afinal o que se passou foi que não concordava com o rumo que o Governo tomava;
  • uns projectos urbanísticos ao nível das favelas do Rio de Janeiro, da autoria de José Sócrates, mas que afinal eram de um técnico da Câmara Municipal da Guarda...

Ninguém acha todas estas questões estranhas? Nada disto se passou com António Guterres e foi crucificado publicamente, quando fez um trabalho inquestionavelmente melhor..

E entretanto as prioridades para o País são: casamento de homossexuais e regionalização...Está tudo louco (ou não)...

O nosso dinheiro

Se forem ao site governamental www.base.gov.pt podem encontrar "coisas" (não sei que outra palavra usar...) como estas:

http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=7827

http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=8649

http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=8073

http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=10038

http://www.base.gov.pt/_layouts/ccp/AjusteDirecto/Detail.aspx?idAjusteDirecto=8649


E há mais, muito mais. Como aliás podem ver aqui:
http://blasfemias.net/2009/01/15/ajuste-directo-3/ e aqui http://transparencia-pt.org/?search_str=Novas+oportunidades


Um verdadeiro festim... E não esquecer que:
http://diario.iol.pt/economia/camaras-crise-portugal-obras-conselho-de-ministros/1030084-4058.html

O casamento entre homossexuais

"Qualquer governo ou partido político tem todo o direito e autonomia para propor iniciativas que julgue mais convenientes para solucionar os problemas da sociedade, do país, para promover a justiça e a igualdade.

Parece‑me, contudo, desproporcionado que o partido do governo se fixe neste assunto dos casamentos homossexuais, quando há tantos problemas graves e gritantes na nossa sociedade actual, como seja a crise financeira e económica que está afectando gravemente as famílias e as empresas. Além do mais esta iniciativa, em vez de unir os portugueses para resolver os reais problemas do país, será seguramente um forte factor de divisão, fracturante como se diz. Dá, pois, a impressão de que se trata de uma distracção dos reais e mesmo clamorosos problemas que atingem algumas faixas sociais mais desfavorecidas.

Penso que todos nós esperamos dos partidos em geral e mais ainda do partido do governo, iniciativas que ajudem a resolver o «Inverno demográfico» por que passa a nossa sociedade, com o envelhecimento progressivo da população, dada a baixíssima taxa de natalidade; todos nós esperamos que o governo proteja a estabilidade da família e ajude a que os casais possam ter os filhos que desejam e não se sintam forçados a uma drástica limitação da natalidade por falta de ajudas sociais. Há países em que ter mais que um filho, significa quase ter um novo ordenado…
Digo isto sem nada que se pareça com discriminação em relação aos homossexuais.

Todos, pelo facto de serem pessoas, merecem o nosso integral respeito e atenção, independentemente da orientação sexual, da raça, da ideologia ou do credo. A Igreja, seguindo os passos de Jesus, promove o respeito e acolhimento de todos, também dos homossexuais. Mas a justíssima causa de abolir as discriminações não pode justificar tudo. É que a nossa estrutural identidade é um valor a cultivar. A identidade não é uma questão de opção. Eu não sou homem ou mulher por escolha. Eu também sou o meu corpo e com ele devo aprofundar a minha identidade psicológica, afectiva, relacional.

Parece‑me ser um grave erro antropológico equiparar uma união homossexual ao casamento e à família. A família é um património fundamental da humanidade que não pode ficar à mercê das disposições de qualquer campanha ocasional, em consonância com modas que pisam as fronteiras de algo que é não é substituível por qualquer outro tipo de relacionamento e união.

Estou‑me a recordar do caso da Inglaterra que encontrou um quadro legal para uma união estável de duas pessoas do mesmo sexo, com certos direitos por exemplo a nível dos impostos e das heranças. Fez tudo isto, mas sem dar o nome e o estatuto de «casamento» e de «família». Espero que o bom senso acabe por prevalecer, no respeito de todos, mas sobretudo da célula fundamental da sociedade que é a família, que não se pode reinventar a nosso gosto."
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P. Manuel Morujão
Conferência Episcopal Portuguesa

domingo, 18 de janeiro de 2009

Orçamento 2009 (?!)

Temos assistido a um autêntico escândalo: o orçamento de Estado para 2009 não chegou a vigorar mais que 15 dias...Neste caso temos assistido a uma total justificação dos argumentos de Manuela Ferreira Leita aquando da discussão do orçamento: "orçamento virtual"....

Recordo que na altura da aprovação do documento (em finais de Novembro passado, ou seja há 2 meses) por todo o mundo, os Governos apresentavam previsões económicas que nada tinham a ver com a loucura socialista em Portugal...Achavam mesmo que a economia ia crescer em 2009? E o Governador do Banco de Portugal veio dar um jeito? Não havia recessão em Portugal?

Há 10 anos que divergimos da União Europeia, estamos cada vez mais pobres e ninguém diz nada...O Senhor Primeiro-Ministro vive da sua propaganda e este "novo" Orçamento para 2009 não lembra a ninguém: previsões surreais de crescimento económico, um défice que duplica em dois meses, o desemprego que será superior, a dívida pública desenfreada...os impostos que não descem...

Já agora quem vai comprar as emissões de dívida do Estado Português? E qual o preço que iremos pagar pelo "downgrade" do "rating" de Portugal? E quem é o responsável? Quem gere nos últimos anos Portugal? Quem teve as suas reformas consideradas falhadas por organismos internacionais? Quem prometeu mais 150 mil empregos? Quem prometeu um crescimento económico acima dos 3%? Quem se desculpa com a conjuntura internacional? Quem nada fez em 4 anos? Quem esteve durante 10 anos no Governo de Portugal?

Por que razão ninguém desmascara este falta de pudor e tudo o que se passa neste País ??!!!

Se não pagasse impostos conseguia , mas isto é ingovernável: assistimos impávidos a uma tomada de posse da economia nacional pelo Partido Socialista...já nem concursos públicos são necessários para adjudicarem "obras" importantes para a economia nacional e local...Está tudo louco...

O poder na rua

Infelizmente assistimos há algumas semanas à morte de um jovem de 14 anos, na Falagueira, após perseguição em carro furtado. A perda de qualquer vida humana deve ser lamentada e evitada ao máximo.

Agora que esclarecemos este assunto básico e que faz parte da natureza do Homem, é importante avaliarmos o que se passou este fim-de-semana: o poder caiu à rua junto a uma esquadra da PSP.

Um grupo de 300 ou 400 "manifestantes" (desconheço se a manifestação foi autorizada pelo Governo Civil de Lisboa) praticamente tomou de assalto a esquadra da PSP e feriu uma agente dessa força policial. Perante este atentado à ordem pública quais foram as ordens da PSP: os agentes ficarem recolhidos dentro de esquadra e obrigaram um graduado a entrar em diálogo com este bando de diliquentes (se me permitem o erro de generalizar)...

Qual a mensagem transmitida: a PSP tem que se esconder, mesmo que tenha elementos feridos, e tem que haver diálogo com delinquentes que, se me permitem, apenas lhes interessa desordem, legitimação dos roubos e esconder a verdade (à boa maneira maoísta)...

É esta a política para a Segurança do Governo do Senhor Primeiro-Ministro...já os contribuintes, quem estaciona mal o carro ou quem conduz a 65 Km/h na Avenida de Ceuta ou da Boavista, não tem possiblidade de fugir...

Está na hora de mandar embora este Governo...Estou cansado de socialismo...não sei se o que vem será melhor, mas prefiro a incerteza do futuro a mantermos este "alegre" caminho para o precipício...